Saberes cotidianos de jovens e adultos e prática docente na perspectiva da etnomatemática

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O TEXTO COMPLETO

Fantinato, M. C. de C. B. ; MELO, T. B. ; GILS, A. L. ; Silveira, Alexis ; THEES, A. ; SOARES, G. A. . SABERES COTIDIANOS DE JOVENS E ADULTOS E PRÁTICA DOCENTE NA PERSPECTIVA DA ETNOMATEMÁTICA. In: III Congresso Internacional Cotidiano - diálogos sobre diálogos, 2010, Niterói - RJ. III Congresso Internacional Cotidiano - diálogos sobre diálogos, 2010.

RESUMO 
Este trabalho refere-se a uma pesquisa em andamento, desenvolvida coletivamente pelo Grupo de Etnomatemática da UFF e coordenada pela autora principal deste texto, pesquisadora integrante do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado da Universidade Federal Fluminense, junto ao Campo de Confluência Ciências Sociedade e Educação. Tem por objetivo identificar as contribuições da formação continuada na perspectiva da etnomatemática na compreensão dos processos de construção dos saberes de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das formas como esses processos e saberes são articulados nas aprendizagens matemáticas que têm lugar nas salas de aula e do papel exercido pelos professores de Matemática nesta mediação. Esta pesquisa situa-se na zona de confluência de várias áreas, entre elas, a educação matemática (Fonseca, 2002; Fiorentini & Nacarato, 2005) a educação de jovens e adultos (Fávero, 2009; De Vargas, 2003), a formação de professores (Tardif, 2002) e a etnomatemática (D´Ambrosio, 2001; Domite, 2004; Fantinato, 2009). A pesquisa do grupo representa uma continuidade da linha de investigação desenvolvida pela coordenadora da equipe há cerca de dez anos, que analisa as contribuições da etnomatemática para a EJA, buscando as possibilidades de articulações entre os saberes matemáticos de jovens e adultos construídos em suas práticas sociais cotidianas e o exercício docente voltado para esta modalidade de ensino. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, cujos procedimentos metodológicos principais são a pesquisa bibliográfica, a entrevista com professores de Matemática da EJA e a observação participante da prática docente. Alguns resultados já apontam que um trabalho na perspectiva da etnomatemática propicia um processo de legitimação em via de mão-dupla, ou seja, ao dar voz a seus alunos, os professores estão sendo também legitimados em seus saberes docentes (Fantinato & Santos, 2007; Gils, 2010). As práticas docentes que tomam como referencial a cultura discente instituem uma dialogicidade (Freire, 1974) que interfere na forma de aprender dos alunos e na forma de ensinar dos professores da EJA, contribuindo para o fortalecimento de sua identidade profissional. 
Palavras-chave: etnomatemática; educação de jovens e adultos; prática docente; saberes discentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário